domingo, 6 de outubro de 2013

Pensamentos que o estado gostaria que o povo tivesse sobre os professores grevistas

Tomem Cuidado!
Desconfiem dos professores
De todos, mas sobretudo os de Geografia, Historia, Sociologia e Filosofia
Eles são perigosos...
Imaginem vocês, 
que as pessoas chegam com suas certezas e eles a destroem,
Eles são perigosos demais...
Fazem você duvidar...
Alguns mais fracos chegam a duvidar de certezas das quais ninguém deve duvidar
Imagine só, que tem gente duvidando da honestidade de juízes e políticos
Tem gente duvidando até que a polícia é somente para proteger o povo...
Já vi o absurdo de gente duvidando que a depredação de bancos era ato de vandalismo
Já vi jovens dizerem que o que a mídia fala que é vandalismo é ato político...
Como se a mídia mentisse...
Chegam a acreditar que a sociedade é dividida em classes antagônicas...
Vejam só, como se todos não tivessem condições de se tornar ricos...
Pasmem, chegam até acreditar que o capital é perverso...
que destrói sonhos e oprimi o povo...
Esses professores são tão perigosos que chegam a fazer os alunos não acreditarem no governo
E vejam só tudo isso por interesse...
Tudo isso por que só pensam em ganhar mais...
E ainda tem uns que querem vender falsos sonhos...
De uma sociedade sem opressão, justa e igualitária...
Tudo mentira... Só querem dinheiro...

Por Thiago L Bessa M

sábado, 29 de junho de 2013

TARIFA ZERO - Pelo Direito ao Transporte e a Cidadania!

Por Thiago L Bessa M - www.visaodeumponto.blogspot.com.br/

É chegada a hora, já se faz necessário debatermos o direito a cidadania, considero essencial  o debate da mobilidade, ou ainda transporte ou direito de ir e vir, não adiciono o termo urbano, por não conceber este direito como exclusivo dos citadinos, considero que este é um debate dos mais relevantes para construirmos o acesso a cidadania.

É importante ressaltar que este que deveria ser um direito e não uma mercadoria, é negado a maior parte da população, nossas cidades são mal estruturadas, é fácil perceber, quem diz o contrário está sendo bastante hipócrita. Em nossas cidades ir Periferia - Centro - Periferia  é uma coisa difícil, contudo nossas cidades foram pensadas neste trajeto, agora imaginem o percurso Periferia - Periferia, é improvável se fazer este percurso, pois as rotas geralmente passam pelo centro, porque as cidades vem sendo pensadas para suprir demandas do capital e não do povo, agora percebam também as diferenças das estruturas dos centros e das periferias, é gritante o centro com vias largas (embora sempre congestionadas) e a periferia com suas vias estreitas, muitas vezes esburacadas e até enlameadas e alagadas.

domingo, 14 de abril de 2013

PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR PARA COMUNICAÇÃO SERÁ ANALISADO EM PLENÁRIA EM SÃO PAULO


O documento já está circulando entre as entidades que participam da campanha. O evento acontecerá no dia 19 no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo

A campanha “Para Expressar a Liberdade” realizará sua plenária nacional no próximo dia 19 de abril, em São Paulo, para apresentar e aprovar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das Comunicações e organizar a pauta nacional de divulgação do documento. O evento acontecerá no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, das 9h30 às 18h.

FHC e o “jeitinho” do PSDB

Por Altamiro Borges - Nas três últimas eleições presidenciais, o PSDB fez de tudo para esconder o rejeitado FHC. Ele sumiu dos palanques e quase foi rifado nos programas de rádio e tevê. O truque covarde não deu certo e, agora, o partido resolveu ressuscitar o ex-presidente. A nova propaganda estadual da legenda em São Paulo teve novamente como estrela o “guru” dos tucanos. Azar da sigla! Arrogante, FHC se jactou do seu triste reinado, disse que a marca do seu governo foi a honestidade e disparou: “[Com o PSDB] não tem jeitinho, tem trabalho”.

Tucanos de SP esbanjam em publicidade

Por Altamiro Borges - Sem maior estardalhaço, o jornal Estadão divulgou na semana passada os gastos em publicidade dos governadores tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. Segundo reportagem de Fernando Gallo, feita com base na Lei de Acesso à Informação, de 2003 a 2012 o governo paulista gastou R$ 2,44 bilhões com propaganda. Enquanto a administração direta desembolsou R$ 1,2 bilhão, as cinco principais empresas estatais de São Paulo gastaram R$ 1,24 bilhão – em valores atualizados pela inflação.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

MPE apura fechamento de escola a pedido de Edmilson


O Ministério Público do Estado abriu procedimento de investigação sobre o fechamento da Escola em Regime de Convênio (ERC) Umarizal, pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O estabelecimento atende 350 crianças da 1ª à 4ª série no bairro do Barreiro, em Belém. A providência do MPE atendeu a pedido formulado pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) e foi comunicada oficialmente ao parlamentar, nesta quinta-feira, 21, pela 1ª promotora de justiça de Direitos Constitucionais e Fundamentais, Maria das Graças Cunha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sexto Festival Cultura reúne mais de 50 atrações

Vem aí a sexta edição do Festival Cultura de Verão, projeto realizado pela Cultura Rede de Comunicação, durante o mês de julho, em Belém e no interior do Estado. A programação reúne mais de 50 atrações ao vivo, entre shows e espetáculos de teatro, além de exibição de curtas e desfile de moda, sempre com entrada franca. É cultura paraense para todo mundo ver e ouvir.

As caretas de Daniel (filho de Jader Barbalho)


O filho de 9 anos de Jader Barbalho suscita a curiosidade geral ao roubar a cena na posse do pai como senador. Colocado diante de uma pergunta incômoda feita pelo próprio filho, o ex-ministro puxa o pano e encerra a cena. O que virá agora?

Um ano ruim para os políticos junto ao público (mas não no caixa, um ou dois) teve um desfecho à altura. Aos 67 anos, Jader Fontenele Barbalho, o mais importante político do Pará durante as últimas três décadas, voltou ao Senado. Seu desejo, no retorno, era estabelecer um contraste com sua saída, 10 anos antes. Por temer punição por quebra do decoro parlamentar, ele renunciou duas vezes. A primeira, à presidência do Senado, que ocupou por curto espaço de tempo. A segunda, ao próprio mandato de senador. Saiu quase escorraçado, pela porta dos fundos.

Mas não sem alguma glória. Como muitos dos seus colegas de parlamento, ele não se tornou sujeito à pena máxima, da perda do mandato, com o efeito acompanhante de ficar inelegível por oito anos, o que poderia por fim à sua carreira (embora não tenha sepultado o alagoano Fernando Collor de Mello, em situação ainda mais grave, que conseguiu ressuscitar) em função de comportamento indecoroso. Foi por ter desafiado outro político ainda mais poderoso, o baiano Antônio Carlos Magalhães. O bate-boca entre os dois foi um dos momentos mais dramáticos e exuberantes da política brasileira contemporânea.

Com esse troféu, o do homem que não leva desaforo para casa, mais o endosso do seu eleitorado cativo, que se tornou indiferente à sucessão de acusações, processos e eventual contrariedade que marcam o currículo (e o prontuário) do seu líder, Jader se elegeu deputado federal, com a maior votação proporcional na eleição de 2002, ano em que foi preso pela Polícia Federal e circulou por aeroportos e celas algemado.

Ainda assim conseguiu se reeleger quatro anos depois. Sua votação diminuiu no decurso dos quatro anos, de 344 mil para 311 mil votos. Era uma perda de densidade, mas não suficiente para desalojá-lo da posição de fiel da balança na luta pelo poder no Pará e articulador importante no congresso nacional.

Não foi tão brilhante como das outras vezes (contrariando a própria expectativa) sua vitória para o Senado, em 2010. Ficou atrás do candidato do PSDB, o ex-empresário Fernando Flexa Ribeiro, mas foi por apenas 18 mil votos. Teve duas vezes e meia mais votos do que a candidata do PSOL, Marinor Brito, quarta colocada, mas não deixou de ser surpreendente o desempenho: chegou a quase 730 mil votos. E acabou assumindo a terceira cadeira reservada ao Pará no Senado porque a lei da ficha limpa foi usada pela justiça para anular a votação do ex-governador, computada em separado, e a do 3º colocado, o petista Paulo Rocha.

Depois de uma batalha nos tribunais que engoliu 10 meses do seu mandato, de oito anos, Jader finalmente conseguiu ser empossado, no dia 28. O ato foi antecedido por uma meticulosa análise da conjuntura. Era previsível uma reação crítica e mesmo de repulsa de grande parte da opinião pública nacional, para a qual Jader é o símbolo do político corrupto, que enriqueceu ilicitamente por ter à sua disposição cargos no governo.

Mas não era prudente esperar pela reabertura dos trabalhos legislativos, em fevereiro. Marinor Brito continuaria no cargo até essa data e os inimigos do ex-ministro, inclusive na justiça, alguns deles de grande envergadura e nem sempre assumidos publicamente, maquinariam o que pudessem para mantê-lo fora do poder.

Aproximava-se também o momento de julgar o processo do ex-deputado federal Paulo Rocha, igualmente fulminado pela lei da ficha limpa por ter escapado à perda do mandato por quebra do decoro através da renúncia. O Palácio do Planalto empenhava-se discretamente pelo correligionário do PT.

Se estivesse ao seu alcance, Jader teria tomado posse com o Congresso ainda em funcionamento, mas os prazos legais a serem cumpridos não permitiram. O ato teve que ser marcado para o recesso. Mas não podia sugerir algo feito às escondidas. O local escolhido foi o gabinete do presidente da casa, com a imprensa como testemunha. Precisava de alguma pompa e circunstância, que dispensara na diplomação junto ao TRE, em Belém (a cerimônia foi privativa).

Não contou, porém, com a presença do presidente efetivo, o senador maranhense (mas representante do Amapá) José Sarney, também do PMDB. Quaisquer que tenham sido os motivos alegados para justificar a ausência, ela renovou os comentários sobre uma zona de atrito que se formou entre os dois políticos, que sempre foram aliados. Eles teriam tido até um bate-boca porque Jader se queixava da omissão do seu correligionário e companheiro, que não participou da luta de outros peemedebistas pela causa comum, que, entre outros efeitos, reforçaria o domínio do PMDB na chamada câmara alta.

Se faltou Sarney, a petista Marta Suplicy não se fez de rogada nem se vexou de comandar a solenidade, de certa forma restabelecendo os entendimentos com o político que tantos serviços prestou a Lula na articulação parlamentar (a ponto de ter as mãos mimoseadas por um beijo do discípulo diante do guru, em pleno palanque paraense). Mas a estrela do acontecimento foi uma surpresa, que fez a delícia dos editores das primeiras páginas da imprensa nacional nas edições do dia seguinte, em temporada de escassas emoções jornalísticas.

Enquanto o pai dava entrevista, já como senador, o filho mais novo, Daniel, de apenas 9 anos, fazia caretas para os jornalistas. Era o contraponto inesperado à evidente tensão do polêmico senador, de volta ao meio ideal para o exercício da sua competência nos ardis políticos, mas condicionado pelo forte estigma de corrupto.

Ao colocar o filho tão novo ao seu lado, enquanto a filha mais velha ficava mais à sombra, a intenção do pai teria sido a de conter (ou, quem sabe, pelo menos suavizar) a fúria com a qual os jornalistas o abordariam numa reestreia sujeita a chuvas e trovoadas? Se esse foi o alvo, o tiro pode ter saído pela culatra.

Milhares e milhares de pessoas em todo país, ao abrirem seu exemplar de jornal (ou sites na internet), devem ter dedicado alguma atenção para entender ou decifrar aquela cena incomum, ou mesmo rara. O que Daniel pretendeu com aquela careta clássica, traduzida no Pará pelo onomatopaico “fiau-babau”?

Estaria dizendo que, apesar de tudo e contra todos, o pai venceu? Estaria chamando seus inimigos de pessoas ruins? Estaria declarando apoio irrestrito e irrevogável ao pai, seu herói? Ou estaria traduzindo, em gestos, palavras ouvidas na intimidade familiar, certamente comentários ácidos sobre a perseguição sofrida pelo chefe da família, um justo vilipendiado pelos demônios da mídia e do poder?

A reconstituição do diálogo entre pai e filho pode ajudar a elucidar as dúvidas. Feita sua mímica, o irrequieto e traquina Daniel perguntou ao pai se ele estava tomando posse como vereador. Com um sorriso um tanto amarelado, Jader tentou conduzir a situação para o lado cômico:

- Trago meu filho para ser meu guarda-costas… É uma figura.

Completa, compreensivo:

- Você não sabe quem é essa gente - apontando para a horda de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas à sua frente.

- Você não é vereador? - insiste Daniel.

- Senador - corrige o pai, empenhado em retomar o comando da cena.

- Tanto faz - reage o filho, que lança a pergunta esquecida por todos os repórteres, talvez em consideração à presença da criança, um “guarda costas” honorário do pai:

- Qual foi a maior denúncia que você já levou?

Constrangido, embora sem perder a risada (pelo contrário, forçando-a a se expandir), ele encerra o diálogo:

- Vou te dar uma entrevista em casa.

Daniel fizera “a pergunta final para encerrar” a entrevista coletiva.

A forma espontânea, direta e pertinente da pergunta de Daniel indica que a ele, mesmo sob a limitação da tenra idade, não é estranha a polêmica travada em torno do pai. Sua inquirição, contudo, foi serena, quase profissional. Ou, talvez, neutra, destituída do valor moral a ela inerente, abstraída para consumo interno, por arranhar a natureza da relação de parentesco.

Eis um ângulo da questão que a imprensa ainda não abordou. Talvez se deva acrescentar: felizmente. Em geral, essa abordagem é sensacionalista, insensível ou desrespeitosa - sobretudo para os dependentes do personagem público com o estigma que tem o político profissional. O que sobra para os filhos e parentes mais próximos desse tiroteio, sujeito a temporadas de intensificação, como fogo de barragem? Como se definem, nesse conflito, os seus valores morais? Como reagem - se chegam a reagir - diante do objeto desses conflitos, quando são seus pais? Como é o seu cotidiano diante dessa notoriedade, muitas vezes negativa? Que papel desempenham na regulação da vida privada com a (e pela) pública?

No final do ano passado, um neto do de novo senador Jader Barbalho recebeu como tarefa de casa, numa das escolas religiosas mais notáveis de Belém, a tarefa dada por um professor de português de comentar um texto de jornal. Era um editorial publicado em O Liberal, das dezenas (às vezes em longa sucessão, variação em torno do mesmo tema, com argumentos monocórdios) dedicadas a atacar o avô do aluno, ainda uma criança.

Talvez sua mãe não se opusesse a ajudar o filho na tarefa se não constatasse que o professor selecionara apenas a versão dos Maioranas, sem dar voz ao outro lado. O texto era um ataque furioso ao avô, cujo significado o neto não chegara a perceber. Levou o dever de casa à mãe para receber sua ajuda, como de praxe nessas situações.

A mãe foi ao colégio, exibiu o texto e exigiu providências da direção do colégio, que alegou desconhecer - e desaprovar - a iniciativa do professor. Garantiu que faria recolher o tal dever de casa. Como agiriam os Maioranas se colocados diante de condição semelhante, o que, ao que se saiba, nunca chegou a acontecer?

Interpretações, deduções e malversações sobre o episódio vivido (provavelmente para a memória eterna) por Daniel Barbalho haverá - e de toda natureza. Independentemente de quem apreciar a imagem congelada pela fotografia na capa dos jornais ou disponível pela internet, ela é um elemento iconográfico relevante para os exercícios e manobras que os políticos brasileiros têm sido obrigados a fazer para se manter no poder.

Eles se parecem a personagens que, saídos de uma nova versão do famoso baile da ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, que assinalou para a simbologia o fim do segundo império, esperam agora, como o Godot de Samuel Becket, a chegada de um novo período histórico (que, no primeiro baile, viria a ser a república). A cena não poderia ser mais surrealista, absurda, bizarra.

No Brasil que chegou ao final de 2011 como a sexta economia do mundo, sendo a maior população (e no 2º lugar entre as ocidentais), alguns componentes dessa grandeza não se ajustam na moldura. A grandiosidade absoluta é desproporcional à pequenez nos detalhes, que forjam a natureza da sociedade.

Poucos têm dúvida sobre a extensão e a profundidade da corrupção no país. Lula, se quisesse, poderia bem aplicar seu bordão geralmente desconexo: nunca houve corrupção igual. Certamente também nunca os corruptos foram acompanhados tão de perto e por tantas pessoas e instituições. Mesmo assim, relativizando-se a comparação, subsiste a crença de que se chegou a uma corrupção recorde.

Por um detalhe simples: nunca entrou tanto dinheiro no Brasil. Uma parte considerável permaneceu dentro do país e outra quantidade, igualmente recorde, saiu. A circulação é intensa, alimentada pelos preços “nunca antes” registrados das commodities e pelo surgimento de um parceiro (muy amigo), a China, que ocupou o lugar dos Estados Unidos no topo do nosso comércio exterior, irrigando-nos com seu dinheiro e atando-nos à sua preponderância. Pode ser que consigamos nos desvencilhar da mitologia do “Brasil Grande”. Pode ser que seja apenas mais um sonho em noite de verão.

De qualquer maneira, os políticos constituem o mais lídimo produto desse contexto maneirista, no qual o Brasil se apresenta ao mundo, como uma potência capenga: suas riquezas várias levitando sobre uma nação sem boa educação, sem valorizar o trabalho, cheia de jeitos e mumunhas, de cuja caixa de pandora os políticos são os manipuladores.

A volta de Jader Barbalho ao Senado é um capítulo dessa fábula irracional. Moralmente, ele já sofreu a condenação do tribunal popular. Embora algumas peças do elenco acusatório não tenham substância, o que foi provado é suficiente para demonstrar que suas qualidades não constituem aquele tipo de virtù que Maquiavel considerava indispensável a um homem público. O saldo da carreira de Jader é altamente deficitário.

O Supremo Tribunal Federal, dono da sentença final sobre o destino do ex-governador, porém, deixou de lado os códigos legais ao fazer uma apreciação política do caso dele. O STF é um órgão político, como o executivo e o legislativo, além do Ministério Público, a inovação ao modelo clássico de Montesquieu. Mas político no mesmo grau da virtù do verdadeiro Maquiavel, não aquele que os políticos costumam levar na algibeira (ou na cueca) para uso em toda e qualquer emergência.

De descalabro em descalabro, o Supremo chegou a uma via sem saída nas sucessivas manifestações sobre o direito de Jader de assumir o mandato conquistado nas urnas, mesmo que com votação contada em separado. No momento em que decidiu que a lei da ficha limpa não tinha vigência na eleição de 2010, independentemente de se saber se ela é ou não constitucional (matéria ainda pendente por causa da lentidão tácita dos ministros na apreciação da questão), a corte devia ter assumido todas as consequências da sua deliberação. Ou seja: devia reconhecer o direito do ex-ministro, já que o entendimento tinha repercussão geral.

Tudo mais seria filigrana, insustentável para o fim de qualquer outro desdobramento. De fato, como o seu foi o único processo julgado pelo STF antes de a corte firmar o entendimento de que a lei da ficha limpa não estava em vigor na eleição de 2010, o único recurso processual disponível no ordenamento legal brasileiro em vigor era o embargo. Esse recurso não se aplicava porque a sentença sobre a lei não fora obscura, omissa ou contraditória, os três requisitos exigidos para que o recurso pudesse ser recebido.

No entanto, acima da barafunda infraconstitucional, ou de suas lacunas, há o princípio constitucional (que integra o patrimônio do direito universal) de que a lei não pode retroagir, sobretudo quando é para desfavorecer o réu. O princípio da anterioridade é cláusula constitucional categórica e clara: uma nova disposição legal não pode entrar em vigor no mesmo ano da sua aprovação

Este era o caso em que a justiça, envergando sua venda, aplica a lei maior sem procurar saber a quem ela beneficia. Se alguns dos votantes achavam que assim estariam protegendo um mau político, que tratassem de dar celeridade aos processos que contra esse político tramitam a passo de cágado na “casa”.

Ao levantar a venda para ver o requerente do direito e sair em busca de uma maneira de usar esse trunfo para outros fins, o Supremo sujeitou sua decisão aos maiores riscos e a mais um elemento de descrédito. A decisão final, tantas vezes postergada, e por diversas justificativas, foi adotada depois que líderes (também, fichas sujas) do PMDB tiveram audiência reservada com o presidente do STF, Cesar Peluzo, e saíram do encontro como defensores do aumento salarial reivindicado pelo poder.

Também compromissados em não perturbar a sabatina de aprovação da nova ministra da corte, tida como contrária à volta de Jader (por inspiração do PT, que a indicou?), mas que nem pôde votar. Antes de ela ser empossada o presidente do Supremo desempatou a votação (que estava 5 a 5), com seu voto de minerva, que havia se recusado a usar por duas vezes, embora autorizado por mudança recente no regimento do STF.

Diante desse enredo, não são procedentes as caretas de Daniel Barbalho para os jornalistas, o Congresso, o país e o mundo? Isto é Brasil.

Chico Buarque: 68 anos de poesia (Ou "O chico é eterno")

A Arte é um tipo de conhecimento que transita no terreno arenoso das paixões, da sensibilidade, da intuição, do aspecto mais fluídico do Ser. A Filosofia e a Ciência, diferentemente, perquirem os aspectos estáveis da realidade, utilizando um discurso lógico e rigoroso, quase dogmático, movidas pela crença na posse de um conhecimento objetivo (universal e necessário). Mas a Arte conta com uma linguagem que não se submete aos cânones convencionais de forma e conteúdo, por isso o artista, mesmo quando se contradiz, é capaz dizer: ali está o real, sem qualquer necessidade de demonstração.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

VÍDEO – Belém democrática, econômica e ecologicamente justa e feliz – Pronunciamento do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), pré-candidato à prefeitura de Belém

Interessante discurso do deputado estadual anunciando sua já muito esperada candidatura a prefeito de Belém.


“Tenho andado em toda Belém, conversado com as pessoas, ouvido a militância, recolhido propostas e sugestões que nascem do próprio movimento social, dos sindicatos, dos centros comunitários, das lideranças de bairro, dos empresários e empreendedores comprometidos com a geração de emprego e a melhoria da qualidade de vida em Belém. E sei que serão esses companheiros, muitos deles anônimos, que farão a diferença.
É com vocês, companheiras e companheiros, irmãos e irmãs de sonhos, que vamos construir os caminhos para a Belém democrática, econômica e ecologicamente justa e feliz. É com vocês, se Deus quiser, que vamos à vitória. E é com vocês – expressão viva do povo que vive do trabalho -, que vamos governar.
Com fé! Com certeza!
Muito obrigado e vamos à luta!”